GoEPIK 4.0 Exchange: As máquinas vão SIM substituir pessoas
A edição de dezembro da série de palestras GoEPIK 4.0 Exchange contou com a participação de Humberto Wahrhaftig, diretor regional da Page Executive e investidor anjo e associado na Curitiba Angels, para discutir como os conselheiros e C-Levels se preparam para a Transformação Digital.
A GoEPIK Exchange busca trazer nomes de peso do mercado para contar um pouco de suas histórias e discutir as inúmeras possibilidades da Indústria 4.0 e Transformação Digital no País com a equipe da GoEPIK e sua audiência.
A seguir, confira as principais ideias de Humberto Wahrhaftig compartilhadas no GoEPIK 4.0 Exchange:
1
Transformação Digital é sim uma unanimidade na pauta dos C-Levels. A dúvida é como fazer essa transformação. Vou ser o líder ou seguidor? A principal dificuldade para as empresas é entender onde elas vão estar nesse caminho. Não adianta dizer que quer ser um líder se não está disposto a correr riscos, fazer investimentos, voltar atrás em uma decisão ou não ter uma estrutura ágil suficiente.
2
A Transformação Digital pode começar de maneira simples. Não precisa adaptar toda uma nomenclatura e colocar todo mundo com faixa de ninja nas fábricas. Tem que olhar para os processos, revisá-los e ver como pode melhorá-los. É preciso também ver o que está acontecendo fora da empresa. Não se pode mais negligenciar e dizer que não está acompanhando esse movimento.
3
As máquinas vão SIM substituir as pessoas. Vão substitui-las em todas as posições? Não! Tudo o que for possível substituir será substituído. Se eu tenho uma máquina que pode fazer um trabalho de uma maneira mais eficiente do que o ser humano, melhor. Mas esse cenário ainda está muito longe de acontecer. A inteligência artificial por mais inteligente que seja ainda é artificial, e vai precisar ter alguém coordenando. Quem controla as máquinas? Quem forma as máquinas? Quem constrói as máquinas? Quem gerencia toda a estrutura de inteligência das máquinas? Agora, o ponto mais importante é investir na formação das pessoas. É preciso ser o mais competitivo possível.
4
Cada vez mais as contratações levam em conta o perfil comportamental. Qual é a sua capacidade de comunicação? E de influência? Coloca a mão na massa? As características comportamentais são cada vez mais importantes. A transformação digital passa pelas pessoas. São as pessoas que fazem essa transformação acontecer.
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Uma empresa deve pensar como manter o maior número de pessoas empregadas a longo prazo ao invés de manter um maior número de pessoas empregadas hoje. Como é que eu formo essas pessoas? Essa é a pergunta a ser feita, e não somente dando emprego que não vai existir daqui um ano ou três anos.
6
Hoje, fala-se muito de diversidade. Diversidade pode ser de origem, socioeconômica, de gênero etc. Quanto mais diversa uma empresa, melhor. Vemos que grande parte dos gestores é milênio (Geração Y). Na outra ponta, tenho cada vez mais pessoas querendo trabalhar por mais tempo. Temos jovens crescendo em posição de gestão e gente de mais idade e experiência que não quer sair. É um convívio multigeracional. Como é que eu trabalho com isso na era da Transformação Digital? Com comunicação e respeito.
7
Tem que escrever o processo. Tem que saber qual é a jornada, seja dos clientes, fornecedores ou da estrutura. Ao mesmo tempo, tem que ter um ambiente de trabalho cada vez mais flexível e aberto. Não adianta só criar o melhor produto. É preciso ter ambientes de trabalho que sejam inovadores e leves. Ambientes onde as pessoas possam dar o seu melhor de uma forma mais fácil.
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O impacto a Transformação Digital está apenas no nível executivo? A resposta é não. Está também nos conselheiros. Nos últimos anos, tem muita empresa que não precisava ter um conselho de administração formado, mas está trazendo e formando conselheiros porque quer atrair conhecimento externo para trabalhar temas como diversidade e transformação digital.
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Na Transformação Digital, confiança é extremamente importante. A origem de várias burocracias está na falta de confiança. Criam sistemas redundantes, checklists e toda uma estrutura burocrática. Como posso falar que inovação é um valor se eu aplico apenas em um determinado nicho na minha empresa?
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